Insegurança energética preocupa líderes europeus em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia

Agência Reuters
 

As questões envolvendo a guerra entre Rússia e Ucrânia têm alterado substantivamente a geopolítica mundial, principalmente a do continente europeu. 

Durante a 77ª Assembleia Geral da ONU, representantes dos vários países integrantes do bloco, apresentaram suas preocupações envolvendo a segurança energética do continente. O presidente da Romênia, Klaus Iohannis, destacou que é preciso "evitar o uso da energia como instrumento de chantagem" por parte da Rússia. E acrescentou a urgente necessidade de investimentos em fontes renováveis, no aprimoramento da energia nuclear, com novos projetos orientados para o futuro, como a implantação de pequenos reatores modulares ou a produção a partir do hidrogênio. O líder também defendeu o barateamento dos custos da energia para os consumidores, conclamando o conselho de segurança da ONU a debater mais incisivamente as mudanças climáticas, a paz e a segurança mundial - informou a Agência RRI.

Analistas internacionais apostam daqui para a frente, em uma posição de neutralidade, por parte dos líderes europeus, em relação ao conflito entre os dois países. A estratégia é um reflexo da chantagem da Rússia,   que interrompeu o fornecimento de gás para o continente no início de setembro deste ano, como uma resposta às sanções sofridas em decorrência da invasão da Ucrânia. Diante da iminência de um inverno rigoroso, a questão energética preocupa bastante a sobrevivência das pessoas e a Europa tem duas possíveis saídas: ou se acovarda e abandona o apoio à Ucrânia ou lidera o processo de transição da matriz energética de uma vez por todas.

Também em Nova York, os chefes de Estado e de Governo denunciaram novamente o conflito depois do último anúncio do presidente Vladimir Putin sobre a mobilização parcial dos reservistas escalados para servirem na guerra e o aumento da pena para 10 anos de prisão para os militares que se recusarem a combater na Ucrânia, informou a Agência RFI. O anúncio do Kremlin, provocou uma fuga em massa de russos para países vizinhos. Mais de 700 pessoas que protestavam contra as medidas foram detidas neste sábado (24) em 32 cidades, de acordo com a Agência Euronews. Diante do aumento do fluxo de russos, a Finlândia decidiu fechar a fronteira.

Da redação, com informações internacionais:

Antonio Victor - Folha 390


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